Sábado, 07 de Junho de 2025
22°C 34°C
Augustinópolis, TO
Publicidade

Auditoria solicitada pelo STF encontra falhas na aplicação de R$ 10 milhões em emendas PIX destinadas a Axixá e Sítio Novo do TO

A auditoria foi realizada por determinação do Ministro Flávio Dino, no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 854. A decisão judicial determinou que fossem auditados, no prazo de 60 dias, os recursos liberados em 2024 a beneficiários que não cadastraram os respectivos Planos de Trabalho na plataforma Transferegov.br até 13 de fevereiro deste ano.

07/05/2025 às 10h47
Por: Redação Fonte: Jornal Opção
Compartilhe:
 Auditoria solicitada pelo STF encontra falhas na aplicação de R$ 10 milhões em emendas PIX destinadas a Axixá e Sítio Novo do TO


O relatório produzido pela Controladoria-Geral da União (CGU) e anexado pela Advocacia-Geral da União (AGU) na última segunda-feira, 5, no Supremo Tribunal Federal (STF), encontrou falhas na aplicação de recursos públicos da ordem de R$ 10 milhões repassados às prefeituras de Axixá do Tocantins e Sítio Novo do Tocantins por meio de emenda parlamentar individual na modalidade de transferência especial, popularmente conhecida como “emenda PIX”.

A auditoria foi realizada por determinação do Ministro Flávio Dino, no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 854. A decisão judicial determinou que fossem auditados, no prazo de 60 dias, os recursos liberados em 2024 a beneficiários que não cadastraram os respectivos Planos de Trabalho na plataforma Transferegov.br até 13 de fevereiro deste ano.

Em relação a Axixá, o recurso analisado foi repassado por meio da emenda 202441860019, vinculada ao Plano de Trabalho 09032024-064769. De acordo com a CGU, a execução do plano não foi lançada na plataforma Transferegov.br, o que dificultou o acompanhamento da aplicação dos recursos por órgãos de controle e pela sociedade.

 

A auditoria apontou falhas no processo de contratação, incluindo irregularidades na formalização de termo aditivo e contratação irregular no valor de R$ 873.909,14. A gestão municipal não disponibilizou documentos essenciais, como relatórios de fiscalização, notas fiscais e demais comprovações da execução contratual. Sem esses documentos, não foi possível concluir se houve desvio ou direcionamento na aplicação dos recursos.

A análise constatou ainda que os contratos firmados não indicam a origem dos recursos provenientes da emenda, o que compromete a rastreabilidade e a publicidade dos dados, em descumprimento ao artigo 163-A da Constituição Federal.

Apesar das falhas, a CGU verificou que o município não utilizou os recursos para pagamento de despesas com pessoal ou serviços da dívida, o que atende às condicionantes constitucionais. Os recursos foram aplicados em programações finalísticas do Poder Executivo.

 

Resposta a auditória

A prefeitura de Axixá do Tocantins não se manifestou sobre o relatório preliminar enviado pela CGU em 15 de abril de 2025. Na mesma data, foram encaminhadas algumas medições de contratos, registros fotográficos e documentos diversos. Entretanto, segundo a Controladoria, esses materiais não foram suficientes para comprovar a execução adequada dos serviços.

As fotos não apresentaram data, localidade ou coordenadas. Parte da documentação enviada se referia a uma licitação de outra emenda, não abrangida pela auditoria. As medições apresentadas não foram atestadas por representantes do município nem pelas empresas contratadas e, por isso, foram desconsideradas.

 

O prazo para inserção das informações de execução na plataforma Transferegov.br se encerra em 30 de junho de 2025.

Sítio Novo

Dentro do mesmo relatório, a CGU identificou ainda falhas na aplicação de R$ 5 milhões em recursos de emendas parlamentares transferidos à Prefeitura de Sítio Novo do Tocantins em 2024. Os recursos foram repassados por meio de duas emendas na modalidade transferência especial: uma de R$ 3 milhões (nº 202443050010) e outra de R$ 2 milhões (nº 202442750007), vinculadas aos Planos de Trabalho nº 09032024-074313/2024 e nº 09032024-074107/2024, respectivamente.

 

Segundo o relatório, embora os recursos tenham sido aplicados em ações finalísticas do executivo municipal, conforme exigido pela Constituição, a CGU apontou que parte dos valores foi utilizada em obras e serviços não previstos no plano original, como iluminação pública e drenagem. Além disso, a controladoria destacou a falta de rastreabilidade na aplicação dos recursos, já que os contratos celebrados não indicavam claramente a fonte dos valores utilizados.

Outro ponto destacado no relatório é a transparência. De acordo com a CGU, o município não disponibilizou adequadamente, em seu portal, informações detalhadas sobre os recursos recebidos e suas execuções. A prefeitura alegou, em resposta, que seguiu os procedimentos legais e que as informações estavam nos portais exigidos. A equipe de auditoria, no entanto, confirmou a ausência dos dados no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) e em outras plataformas oficiais, segundo é descrito no relatório.

O documento encaminhado ao ministro Flávio Dino também aponta inconsistências nos contratos quanto à indicação das fontes de recursos e ausência de registros exigidos pela legislação, como o detalhamento no Portal da Transparência e o cumprimento das normas da nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021).

As constatações foram mantidas pela CGU mesmo após as manifestações da prefeitura.

Sobre as falhas e quais providências pretendem tomar, as prefeituras foram procuradas via canais oficiais divulgados em seus respectivos sites, mas ainda não se manifestaram. O relatório completo pode ser consultado aqui.

 
 que deverão se basear exclusivamente em dados oficiais do Censo, auditados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Estimativas ou levantamentos parciais não serão aceitos. Se houver dúvidas sobre os dados, partidos ou estados poderão questionar judicialmente.
 

A Constituição estabelece que cada estado deve ter pelo menos oito deputados, e nenhum pode ultrapassar o limite de 70 cadeiras, caso de São Paulo.

Com a mudança, também deve ocorrer um aumento no número de deputados estaduais, já que a quantidade nas assembleias legislativas é calculada com base nas bancadas federais. A projeção é que o número total de deputados estaduais suba de 1.059 para 1.089 em todo o país.

A proposta é uma resposta ao risco de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assumir a tarefa, caso o Congresso não definisse a nova distribuição até o fim de junho, como determinado pelo STF em 2023.

 

 

4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Augustinópolis, TO
30°
Parcialmente nublado

Mín. 22° Máx. 34°

32° Sensação
1.97km/h Vento
53% Umidade
28% (0mm) Chance de chuva
06h16 Nascer do sol
06h04 Pôr do sol
Dom 34° 21°
Seg 34° 21°
Ter 32° 21°
Qua 33° 21°
Qui 32° 21°
Atualizado às 10h01
Publicidade
Anúncio
Publicidade
Anúncio
Economia
Dólar
R$ 5,56 +0,00%
Euro
R$ 6,34 +0,00%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 622,914,88 +1,18%
Ibovespa
136,102,10 pts -0.1%
Publicidade
Anúncio
Publicidade
Anúncio
Publicidade
Anúncio
Publicidade
Anúncio