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Dez indígenas morrem sem diagnóstico de doenças em sete meses no Tocantins: 'Precariedade grande', diz cacique

Equipes da Defensoria Pública foram enviadas para inspecionar as unidades de saúde, farmácias e hospitais da região. Procuradores e defensores também ouviram os relatos das lideranças indígenas para entender onde estão as falhas no atendimento.

25/05/2025 às 22h51
Por: Redação Fonte: G1 Tocantins
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Dez indígenas morrem sem diagnóstico de doenças em sete meses no Tocantins: 'Precariedade grande', diz cacique

Pelo menos 10 indígenas do povo Apinajé morreram sem conseguir identificar qual problema de saúde enfrentava. A crise de saúde pública acontece há sete meses e afeta cerca de 66 aldeias que ficam na divisa do Tocantins com o Maranhão. Segundo a Defensoria Pública do Tocantins, os pacientes não tiveram acesso a exames e atendimentos básicos.

 

As mortes vêm sendo registradas desde outubro de 2024. Para a cacique Marlucia Apinajé, vários fatores têm dificultado o acesso à saúde dos indígenas." Está havendo uma precariedade tão grande em todas as áreas. A falta de medicamento, a falta de transporte. A falta de estarem realizando seus exames", contou.

 

Segundo o Ministério da Saúde, será enviada uma equipe técnica da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI) para avaliar a situação dos indígenas atendidos pelo Distrito Sanitário Especial do Tocantins. O governo federal também informou que foram enviadas três remessas de medicamentos e insumos para a região, totalizando 223,1 mil unidades.

Na última semana, Judith Fernandes Apinajé, de 82 anos, morreu no Hospital de Augustinópolis. Ela sentiu dores no estômago por um mês e não teve diagnóstico. Dias antes, no mesmo hospital, Martia Celia Apinajé, de 52 anos, morreu após semanas em coma.

 

A dona de casa, Maria Aparecida Apinajé, tenta entender por que os serviços de saúde não chegam nas aldeias. "O governo manda tanto medicamento, chega aqui e nós vamos ver. Que saúde é que está acontecendo com os Apinajés?".

Equipes da Defensoria Pública foram enviadas para inspecionar as unidades de saúde, farmácias e hospitais da região. Procuradores e defensores também ouviram os relatos das lideranças indígenas para entender onde estão as falhas no atendimento.

 

Durante as ações, foi identificado que nas farmácias municipais da cidade há estoques de medicamentos. Nos postos de saúde das aldeias, no entanto, faltam remédios para doenças como pressão alta e diabete. Segundo a defensora pública Letícia Amorim, estão sendo organizadas reuniões para tentar solucionar os problemas dos Apinajés.

"Diante dos relatos, a Defensoria Pública está preparando recomendações e organizando reuniões para que possamos, em conjunto com outros órgãos, atuar de forma resolutiva em relação aos problemas e desafios apresentados pela população indígena Apinajé", disse.

A apresentação dessas recomendações deve ser divulgada na próxima semana, quando terminar as audiências com os indígenas.

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