Áudio de conversa da senadora Dorinha Seabra com um correligionário expõe racha na federação União/PP com uma clara rejeição do nome de Vicentinho Júnior para uma candidatura ao senado. No áudio, Dorinha diz ter predileção pelo senador Eduardo Gomes, que é do MDB, dando a ideia de que, em sua visão, Gaguin e Eduardo Gomes seriam a ideia de sua pré-candidatura ao governo. Essa ideia foi reforçada quando do lançamento da pré-candidatura de Vicentinho Júnior ao Senado, onde a senadora não se fez presente ao evento. Na conversa, Dorinha diz que não foi convidada por Vicentinho Júnior, o que gera ainda mais dúvidas sobre a segurança da estrutura dessa federação.
“A pessoa sequer me chamou. Tem que saber se isso é estratégia de comunicação dele, de posição. E eu o conheço, ele é atencioso como o pai [Vicente Alves] dele. Eu não sei o que ele pensou, qual foi a estratégia de cabeça dele, o fato é que nada, nem uma mensagem”, relatou a senadora.
Sobre Gomes, a senadora diz que ainda tem esperança da vinda dele ao seu grupo, mas que mesmo com isso, iria ao evento onde foi lançada a pré-candidatura de Vicentinho. Também deixa entender que Vicentinho já notou que não faz parte dos planos dela, quando diz que "causa incômodo em grupos", em relação ao seu desejo de ter Gomes em seu palanque.
“A minha ida na caminhada, no lançamento dele, […] tinha consequência. Por exemplo, tenho uma expectativa de uma construção da vinda do Gomes. […] Não deixa de causar um pouco de incômodo em vários grupos que me apoiam.”
Quanto à disputa interna entre Gaguin e Vicentinho, Dorinha lavou as mãos e disse que não era problema dela. “Eles ainda precisam resolver o problema, que não é um problema meu. Eu não vou escolher ‘A’ em detrimento de ‘B’. O que eu sei é que preciso de um senador de fora do grupo, que tudo indica que deve ser Eduardo Gomes. Esse é o processo que pode ser construído. Agora eu não tenho como construir pelo Vicentinho, pelo Gaguim, qual será o nome da federação”, disse.
Sobre a imprensa, Dorinha disse que está comprada para atacar sua pré-candidatura, no entanto, não apresentou nenhuma prova das acusações “Estou sofrendo um ataque orquestrado dos órgãos de comunicação que, com pouquíssimas exceções, estão todos comprados e muito bem comprados em um esquema bastante perigoso, assumido pelo governo de Estado e pela Assembleia. Para desmontá-lo, nós vamos juntos trabalhar”.
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