A senadora Dorinha foi rápida em negar que possa desistir da candidatura ao governo do Tocantins, mas para quem souber ler nas entrelinhas, perceberá que seu anúncio é recheado de incertezas daquilo que afirma não acontecer. Claro, não é estratégico anunciar uma desistência ainda no período pré-eleitoral, ainda mais para uma senadora da República, mas quem acompanha os ventos da política pode perceber um esfriamento nessa pré-candidatura, alimentada somente por assessores e correligionários mais próximos.
A manutenção da candidatura dela é uma estratégia para manter o grupo coeso, é a cola política que impede o desagrupamento e entregará um grupo cheio ao palácio. Segundo a nota da assessoria da senadora, ela “só deixarei o Senado se o povo a chamar”. No mesmo instante em que afirma que não desistirá, deixa a incerteza da candidatura, jogando essa responsabilidade para o eleitor. Essa dubiedade no argumento deixa à mostra o que pode vir: a candidatura pode não acontecer.
Essa frase da assessoria da senadora poderá ser usada para justificar a desistência, ‘o povo me quer no senado'. Que as conversas com Wanderlei Barbosa estão em andamento, isso é certeza e, se a oferta agradar, veremos um palanque forte e com chances de vitória indiscutíveis.
Mín. 22° Máx. 34°