Mesmo não sendo um aliado direto do governador Wanderlei Barbosa, compondo o grupo da senadora Professora Dorinha, que até o momento é pré-candidata ao governo do estado, o deputado estadual Jair Farias mantém contratados nos quadros do governo estadual. Isso se deve muito ao fato de que Dorinha poderá não ser candidata e apoiar o candidato do Palácio, o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, Amélio Cayres. Mas sua dubiedade já deveria ter levantado o alerta dos palacianos, pois o acordo com Dorinha pode não acontecer, ainda mais quando há os rumores que o prefeito de Paraíso, Celso Moraes, está sendo cotado como vice de Amélio, tendo ao senado Eduardo Gomes e, provavelmente, o deputado federal Alexandre Guimarães, não sobrando espaço para os aliados da senadora no grupo governista.
Jair Farias está em cima do muro e o governador Barbosa ainda não se deu conta de que o muro pertence à Dorinha. O biquense vem alimentando politicamente dos dois lados, isso é uma boa estratégia política, confesso, enquanto mantém uma parte do seu eleitorado como contratados do governo, assegurando-os no emprego, afaga Dorinha, não se distanciando dela e, no futuro, ter uma fatia do gordo fundo partidário do União Brasil e subindo no palanque ajudando-a com os votos de contratados do governo que abandonou. Essa suposta falta de visão do mandatário estadual sobre a situação do parlamentar – digo suposta, pois lá deve ter percebido e o governador está apenas esticando a corda para ver até onde ele vai – alimenta adversários e não trata-os como realmente são: adversário. O alerta deveria ter acendido ainda na campanha municipal, quando Jair Farias destoou do grupo palaciano ao apoiar Eduardo Siqueira Campos, que já se definiu e terá Dorinha como sua candidata ao governo. Tratar adversário como aliado é perigoso no jogo político e Wanderlei Barbosa, como um político experiente, deveria saber disso.
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