A importância política do Bico do Papagaio nas eleições de 2026 não pode ser ignorada. E não será. Com seus quase 180 mil votos, a região poderá ser o fiel da balança, aquela que irá decidir as eleições para a disputa ao governo do estado. Para se ter uma ideia, se as cidades biquense fossem unificadas, seria o segundo maior colégio eleitoral do estado do Tocantins, o que pode ser um diferencial para o pré-candidato a governador Amélio Cayres, que tem na região sua base eleitoral. De patinho feio, o Bico do Papagaio em pouco tempo se tornou esse cisne lindo que faz brilhar os olhos da elite política dos grandes centros do Tocantins, muito em razão de seu próprio povo, e nada desses políticos elitizados, que só nos viam como o seu "cisne dos votos de ouro", mas que nunca transformaram a confiança depositada nas urnas em benefícios para a comunidade biquense. Então, por que insistir neles? Devemos usar esse nosso poderio eleitoral como instrumento de libertação.
Quem conhece a trajetória do Bico do Papagaio sabe muito bem como fomos tratados por quem sempre se sentiu superior. Governadores que passaram pelo Palácio Araguaia viam o Bico do Papagaio como um porão para torturar servidores que se rebelavam, com ameaças do tipo: "Toma cuidado, se não te mando para o Bico do Papagaio", e ninguém queria vir, pois esses mesmos governadores cuidavam para deixar aqui no atraso. Crescemos, nos desenvolvemos social, econômica e politicamente, mesmo contra a vontade dos grandes políticos da capital e dos demais grandes centros do Tocantins.
176.655. Esse é o número exato dos eleitores do Bico - dados de 2024. A tendência é de que, em 2026, esse número seja maior, o que reforça que seu papel nas eleições será de grande valia e será palco de disputas por essa fatia considerável do eleitorado tocantinense. O respeito da elite política pelo Bico chegou tarde, no momento em que não mais precisamos. A nossa liberdade está mais perto do que imaginamos, tão certa como a luz do dia, ela canta aos nossos ouvidos.
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