Na política vale tudo, até mesmo, como disse a ex-presidente Dilma Rousseff, fazer aliança com o diabo. Claro que a ex-mandatária da nação usou uma expressão figurada, ninguém faz alianças com o diabo - pelo menos acho que não. No Tocantins, a senadora Dorinha Seabra chamou para seu gabinete o ex-governador Marcelo Miranda. A nomeação visa as eleições de 2026, de alguma forma Dorinha que Marcelo Miranda pode ajudar na corrida ao Palácio Governador José Wilson Siqueira Campos, mas, essa união pode trazer revesses. À coluna de Cleber Toledo, Marcelo Miranda afirmou: “Quero andar com ela por todo o Estado”.
Cassado duas vezes como governador - e impedido de assumir como senador - Marcelo Miranda, apesar de ter o carisma que o levou ao governo do Tocantins traz consigo essa vida pregressa que pode ser usada contra Dorinha. Marcelo Miranda pode ser mais maldição que benção, dado, repito, a essa vida pregressa na política tocantinense. É uma jogada arriscadíssima. Quem agradece é Amélio Cayres, que tem ao seu lado o governador mais bem avaliado da região norte e o segundo mais bem avaliado do Brasil.
São imagens diametralmente opostas que serão exploradas no fervor eleitoral. Mas essa aliança Dorinha/Marcelo não é nova, a agora senadora já foi secretária estadual da Educação nas duas primeiras gestões de Marcelo (2003 a 2006 /2007 a 2009). As duas primeiras foram relativamente saudáveis, mas o contexto atual é outro, e devemos esperar o que pode acontecer desse reencontro dos dois no campo político.
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