Alguns dias atrás, informamos que a senadora Dorinha Seabra poderia declinar de sua pré-candidatura ao governo do Tocantins e rachas internos, principalmente após a federação União Brasil/PP se tornar realidade, expõem essa verdade. A parlamentar é duramente criticada pelos dois postulantes ao senado, Carlos Gaguin, o qual é do União Brasil, e Vicentinho Junior, do PP. Esses criticam a postura de Dorinha na condução da pré-campanha e não aceitam a declaração dada por Dorinha de uma possível chapa “puro-sangue”, anunciada por Dorinha. A declaração levou ambos os parlamentares a procurar o presidente Nacional do União Brasil e expor suas queixas.
Tanto para Gaguin quanto para Vicentinho Junior, uma chapa puro-sangue tira a competitividade, enfraquecendo a possível candidatura de Dorinha, que fecha as portas para outras legendas embarcarem no projeto. O problema é que outras legendas e líderes pelo estado jã não estão animados com Dorinha, até o G-5 — Grupo das cinco maiores cidades do Tocantins — esfriou e adotou uma postura mais cautelosa, pois, segundo avaliações de alguns, não seria prudente construir um muro entre eles e o governo do estado nessa fase pré-eleitoral onde há a incerteza dessa candidatura de Dorinha. Recentemente o prefeito de Paranã, Fábio da Farmácia, voltou atrás em suas declarações de apoio a Dorinha. O recuo mostra que os ventos da política estão mudando.
Pré-candidatura de Dorinha seria uma imposição de Gaguin?
O que se diz é que Dorinha não pretendia de início ser candidata ao governo do Tocantins, mas havia uma pressão do deputado federal Carlos Gaguin, que almeja candidatar-se ao senado e não encontrava espaço no grupo governista que já tinha o também deputado federal Alexandre Guimarães que se declarou pré-candidato e a certeza da ida de Eduardo Gomes, que concorrerá a reeleição.
Nisso, o parlamentar viu em Dorinha a única saída para formar uma chapa em que ele esteja como candidato ao senado. Com o mandato garantido até 2030, Dorinha não corre nenhum risco de ficar fora do poder no caso de uma derrota nas urnas e esse foi o argumento, conforme fontes, que Gaguin usou para convencer Dorinha a concorrer.
A pergunta que se faz não é mais se Dorinha irá desistir, mas quando irá desistir. Isso poderá abrir outra possibilidade: Irajá como candidato ao governo pela oposição. E o destino de Gaguin e Vicentinho Júnior? Só o tempo dirá.
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