Antônio Ianowich Filho, preso nesta sexta-feira, 27, na operação que também culminou na prisão do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, já é um velho conhecido das páginas policiais dos jornais do estado do Tocantins. A operação sissames, que prendeu o advogado, investiga uma suposta rede de influência no STJ, com vazamentos de informações sigilosas com a intenção de proteger aliados políticos do então prefeito de Palmas. Antes da operação Sissames, Ianowich foi de outra operação que investigou funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa do Tocantins no ano de 2019.
O currículo do nobre causídico é recheado dessas intempéries policiais. Mesmo com todo esses imbróglios, que colocam em xeque sua idoneidade, prefeituras do Bico do Papagaio não tiveram o cuidado e contrataram Ianowich para prestar serviços advocatícios. São elas: Praia Norte e São Miguel. Os dois municípios não consideraram o passado sombrio de Ianowich, agora, quem sabe, com a presente situação, tenham a nobreza de revogar os contratos, do contrário, assinam um documento de conivência com as atitudes expostas pela PF e atribuídas ao advogado.
Se a revogação não acontecer, estarão passando um recado aos eleitores: “Não primamos pelo bom zelo da coisa pública, portanto, na próxima, não votem em nós”. Cada uma dessas cidades tem o dever moral de expurgar de seus quadros de prestadores de serviço alguém que, segundo a PF, não tem a envergadura ética que exige o serviço público. Ficam aqui nossos sinceros apelos.